História de Miraí
Bem vindo a área da História do Município de Miraí.
De Arraial do Brejo a Miraí
Nossa história começa por volta de 1840, quando os primeiros colonos chegaram pelo rio Fubá atraídos pela terra fértil e água boa. Plantaram milho, arroz, feijão, mandioca e tudo cresceu tão generosamente que a notícia se espalhou e, logo, muitos outros vieram também em busca desse lugar promissor. E todo dia chegava novas gentes. Apenas 12 anos depois, um grupo de 53 fazendeiros decidiu que havia chegado a hora de criar um vilarejo. Para isso, compraram de Salustiano José Fernandes e sua mulher Maria Porcina do Amor Divino parte das terras da Fazenda das Três Barras e, no local, construíram uma capela em honra a Santo Antônio e ao seu redor fundaram o arraial batizado de Brejo. Em franco progresso e forte movimentação econômica, logo o arraial tornou-se distrito de Paz, com o nome de Santo Antônio do Muriaé, pertencente à freguesia de Santa Rita de Meia Pataca.
Isso não era o bastante. Em 1883, o distrito foi transformado em freguesia de Santo Antônio do Camapuã, nome que não se firmou. Pela Lei Municipal 168, de 15 de Abril de 1903, aprovada pela Câmara Municipal de Cataguases, o lugarejo passou a se chamar Mirahy, que em tupi-guarani significa "terra molhada" ou "brejo", o nome original, só que agora em língua indígena. O lugar não parava de crescer e já não podia ser apenas um simples distrito. Em 1905, o local já tinha inclusive um jornal, O MIRAHY, fundado por Alcibiades Catta Preta, um dos mais antigos periódicos de Minas Gerais. Em 1910 foi inaugurado o serviço telefonico, em 1913 a luz elétrica, em 1917 a primeira escola e, em 1922, o telégrafo. A pressão foi tanta que, em 7 de setembro de 1923, Cataguases teve que abrir mão de seu território e ver nascer pela Lei Estadual nº 843 o município de Mirahy, então rico e opulento pela exuberância das lavouras de café que se espalhavam por toda parte. O Partido Republicano foi o articulador político da emancipação, que já tinha entre seus membros Affonso Alves Pereira, o maior líder político e empresarial da história do município. Miraí também ganhou na época o distrito de Dores da Vitória, desmembrado de Muriaé. A instalação oficial do município ocorreu em 27 de janeiro de 1924, sendo que sua sede municipal ganhou Foros de Cidade pela Lei Estadual nº 893, de 10 de Setembro de 1925. O município foi elevado a Sede de Comarca pelo Decreto Estadual nº 155, de 29 de Julho de 1935.
A cafeicultura era tão importante em Miraí que em 31 de dezembro de 1895 a localidade ganhou um ramal da linha de trem da Estrada de Ferro Cataguazes motivada pelo transporte de carga da produção local. Em 1903, a Estrada de Ferro Cataguazes acabou sendo incorporada pela Estrada de Ferro Leopoldina, de capital inglês. A estação do trem passou a ser um dos pontos mais importantes da vida do lugarejo. Também em 1895 foi construída a estação ferroviária de João Rezende, localizada na Fazenda Santa Helena. O ramal de Cataguases foi desativado em 1965 e o de Miraí em 1967. Hoje a estação de João Rezende não existe mais e a de Miraí, depois de reformada na década de 80, se transformou em rodoviária.
Partido Republicano, em 1923. Em pé, da esquerda: Álvaro Vieira Rezende, Justino Alves Pereira, Affonso Alves Pereira, Abílio Antunes de Siqueira, Olhynto Vieira de Rezende, Raul Chaves de Rezende e José Martins Villas. Sentados, da esquerda: Manoel Marinho, Emygdio Vargas Pereira, Leonardo Furtado Costa, Joaquim Roberto da Fonseca e Arthur Antunes de Siqueira.
Praça Dr. Miguel Pereira na década de 40.
Praça Dr. Miguel Pereira na década de 70.
Construção do centro histórico de Miraí na década de 30.
Igreja Matriz de Santo Antônio, na década de 40.
Antiga estação ferroviária de João Rezende, que foi demolida para construção da estrada rodoviária Miraí-Cataguases.
Postes de iluminação pública eram fincados no meio da rua, na década de 50.
Desfile de bloco carnavalesco na Praça Dr. Miguel Pereira na década de 40.
Baile de carnaval no antigo Clube Mirahy, na Praça Dr. Miguel Pereira, na década de 60.
Inauguração do primeiro posto de combustível da cidade na década de 50.
Rua Moisés Moreira na década de 20.
Construção Praça Raul Soares na década de 20.
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